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Bipolar busca pessoas interessantes para amizade internética séria

Bipolar busca pessoas interessantes para amizade internética séria

17
Jul20

A tão desejada Canon in D de Pachelbel

Bipolar

Johann Pachelbel, barroco. nasceu na Nuremberga a 1 de setembro de 1653 e morreu no mesmo sítio a 3 de março de 1706. Foi um músico, organista, professor e compositor alemão do estilo barroco. Compõe um grande acervo de música sacra e secular, e suas contribuições para o desenvolvimento do prelúdio coral e fuga dão-lhe lugar entre os mais importantes compositores da época barroca.

Há muito não ouvia esta música, até que, estava ainda a minha mulher grávida, fomos até Lamego, ao casamento de uma sobrinha da minha mulher, no fantástico Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Uma orquestra de câmara, tocando Canon in D à medida que a noiva entrava na igreja. Muito bonito mesmo. Aproveitámos o  motivo e demos uma volta pela região, ficámos no fabuloso Hotel Delfim Douro. Eis uma viagem acerca da qual posso elaborar mais um post por aqui. Juntemos à bela música, as belas imagens do nosso magnífico país. 

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08
Jul20

Ausência

Bipolar

Caros amigos! Foi mais de um ano de ausência (quase dois), mas realmente a minha mulher, a partir do momento em que terminou a licença de maternidade, solicitou muito mais a minha participação do que até então. Crianças pequenas vêm com  novas rotinas e fazem surgir em nós necessidade de readaptação a existir. A nossa pequena não é uma bebé que dê muito trabalho, mas qualquer bebé dá sempre muito trabalho. Entretanto, a minha sogra também tem sido um enorme apoio e tem facilitado as coisas no contexto da aversão que a minha mulher tem a infantários. A nossa pequenita esteve, durante muito tempo ou connosco, ou com os meus sogros. Os meus pais têm estado no estrangeiro, onde têm amigos e conhecidos, e onde podem salitar de casa em casa, de país em país para ouvir este e aquele concerto, participar nesta e naquela iniciativa ou projecto. Estiveram envolvidos num qualquer projecto de intercâmbio entre a escola de música onde trablharam e à qual insistem em manter ligações, e o estrangeiro. Mas há uns meses que tudo terminou e como é gente que não sabe lidar com o tédio, já estão a medir forças com os meus sogros a ver quem estraga mais a nossa pequena com mimos. Claro que eu e a minha mulher saímos a beneficiar com isso. O meu grande prémio, foi ter conseguido tempo para voltar ao blogue. Voltei, espero, para ficar. Até já, portanto. 

21
Dez18

Frustração

Bipolar

Venho de uma família de músicos, embora a música não seja o meu forte, pelo menos não se me comparar com a minha família. Isso, apesar de, em casa dos meus pais, sempre se ter ouvido música em grande quantidade, sobretudo da chamada música clássica. Desde que me conheço por gente, que decorava nomes de compositores clássicos como os miúdos decoram marcas de carros. Sempre soube identificar com relativa facilidade os compositores deste ou daquele excerto, quando os ouvia, de forma particular, os mais conhecidos. Sucede que, ainda há pouco, no 5 para a meia-noite, passou um excerto de uma qualquer composição, e embora me soe irritantemente familiar, verifiquei que não a conseguia identificar. Assim é que eu vejo o quanto ando afastado da música, sobretudo da clássica, pelo que pensei inaugurar uma rúbrica aqui no blogue, mais para mim do que para vós (para aqueles que se interessarem), a ver se refresco a minha memória neste campo que me é bastante caro e sempre é cultura geral daquela que convém ter, ora não é verdade? Hoje deixo-vos com Lizt, Franz Lizt, húngaro, séc. XIX, virtuoso pianista, maestro e compositor, e com a sua Rapsódia Húngara nº2. Espero que apreciem. Dizem que a música clássica deixa as pessoas mais inteligentes, mais concentradas e mais relaxadas. Eu concordo. E vós, que dizeis?

19
Dez18

A Lei da Atracção e os posts prometidos

Bipolar

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Ora, vamos então falar um pouco acerca de uma das minhas leituras mais recentes: o livro "Lei da Atracção", de Michael J.Loisier.

O autor procura explicar de forma mais ou menos sumária alguns fundamentos científicos muito elementares para sustentar esta lei, que é uma realidade inegável. O difícil é controlá-la e pô-la a funcionar a nosso favor e a favor do que pensamos ser os nossos desejos. O que este processo tem de enriquecedor e espiritualmente estimulante, é que somos convidados, por este processo, a descobrir os nossos verddeiros desejos, as verdadeiras necessidades da nossa alma. Por vezes, ao lermos o livro "O Segredo", de Rhonda Byrne, parece que o que nos está a ser vendido é uma espécie de varinha de condão que faz com que apareça, aqui e agora, qualquer coisa que nós desejemos. Ora, obviamente não é de nada disso que se trata. 

 

O facto de sentirmos que desejamos algo e apenas esse desejar pode ser o suficiente para que algo aconteça, faz-nos prestar mais atenção ao que desejamos. Faz-nos tentar perceber como desejamos, para podermos desejar mais coisas, já que as podemos obter. Isso significa um movimento de introversão e análise do que nos vai na mente e dos nossos próprios sentimentos extremamente interessante. Vai levar-nos a aprofundar o que pensamos acerca desse desejo. Tudo é superficial e inconsequente até ser levado a sério. Pois bem, este processo permite que os nossos desejos sejam levados a sério. Isso obriga-nos a perceber se devemos perder tempo e gastar energias com certos desejos e também nos obriga a estabelecer prioridades para as coisas que desejamos ver entrar na nossa vida.  

 

Por outras palavras, somos levados a desfazer-nos de todos os desejos superficiais, daqueles que não fazem, na realidade, grande sentido. E aí encontramos paz. Os desejos superficiais, falsos desejos na realidade, que muitas vezes nos são inculcados pela publicidade, são muitas vezes carregados por todos nós como motivos de insatisfação, quando nem desejos de verdade são.

 

Eu não quero dinheiro. Eu quero fazer esta ou aquela viagem, eu quero comprar este ou aquele carro, eu quero ter esta ou aquela experiência. Digo que quero dinheiro porque acho que esse é o veículo para conseguir o que quero. Mas não é dinheiro que eu quero. Não consigo comer ou vestir as notas ou os extractos bancários chorudos. Muitas vezes, também não quero o carro; quero a forma como ele me faz sentir, quero o facto de se tratar de um objecto que me faz sentir importante e poderoso, quero a forma como os outros olham para mim, com respeito e admiração. Posso endereçar ao Universo mais estes pedidos: quero ser admirado, respeitado, importante e poderoso. Mas depois também percebo que sou respeitado por quem realmente interessa e, se calhar, o que tenho de fazer é uma melhor triagem das pessoas na minha vida. Quem realmente interessa, acha-me importante, quem realmente interessa, admira-me.

 

Certo. Mas e se as  coisas não forem assim tão simples? E se, por exemplo, eu estiver a falar do ambiente laboral, onde as pessoas com quem convivo me são impostas, e eu não posso fazer a tal triagem? Então aí, talvez, sim, seja válido esse desejo. Então, aí está algo pelo qual eu posso trabalhar: ser respeitado, ser admirado, já que isso pode facilitar o meu trabalho, pode levar a que eu preste um melhor serviço. É toda esta reflexão que é necessário realizar-se e que leva à concretização de um desejo. Quando estamos convictos de que algo é realmente bom para nós, e é o que realmente necessitamos, a coisa acaba por acontecer. 

 

No livro "A Lei da Atracção", podemos ler a seguinte frase, na sequência do que eu disse logo no início do post: o autor tentar dar alguma explicação para o facto de "atrairmos" esta ou aquela situação. Já vimos que não é uma coisa pura e simples e que tem a ver com os nossos processos mentais, com o nosso diálogo interior, com as nossas crenças. Diz-nos Michael J. Loisier: "Há uma base fisiológica para o pensamento positivo e para os seus efeitos na criação da Lei da Atracção. Há muitas formas de energia: atómica, térmica (...). A energia nunca poderá ser destruída. Como sabe, toda a matéria é constituída por átomos e cada átomo possui um núcleo (...) à volta do qual orbitam electrões. Os electrões nos átomos, deslocam-se em determinados (...) níveis de energia que garantem a estabilidade do átomo. (...) Quanto às vibrações, se os átomos estiverem alinhados criam uma força motora, movendo-se todos na mesma direcção, como acontece com os metais (1) que podem ser magnetizados através do alinhamento das suas moléculas na mema direcção. Esta criação de pólos positivos e negativos é um facto da Natureza (...) se há leis físicas que podem ser observadas e quantificadas numa área, existe uma grande probabilidade de haver leis semelhantes noutras áreas (...)"

 

Se há pólos negativos e positivos cujos efeitos conseguimos compreender e observar no mundo físico, é perfeitamente plausível que a nossa mente possa criar, também ela, algum tipo de energia positiva ou negativa, consoante a Natureza dos nossos pensamentos e, por conseguinte, dos nossos sentimentos.  

 

(1) É o caso da corrente eléctrica, por exemplo, que se propaga pelo cobre, que é um metal. 

12
Dez18

A gravidez e as mulheres que dizem que foi a melhor fase da sua vida

Bipolar

A minha mulher tem a teoria de que, pelo menos 75% das vezes que as mulheres dizem isto, não é bem assim. As mulheres sentem-se pressionadas, muita vez, para dizerem que se trata de um momento maravilhoso. Ou então, são mesmo as hormonas as responsáveis pela lavagem cerebral. Eu confesso-me inclinado a achar o mesmo. Sobretudo pela questão das hormonas, que quer durante a gravidez quer durante o parto, operam todo o tempo para levar ao esquecimento dos mal estares, numa tentativa da biologia para não desincentivar a preciosa manobra que é a reprodução da espécie. A minha mulher teve muitos enjoos, vomitou que nem uma possuída, mas manteve-se sempre bem disposta, tranquila, nada irritável. E do alto da sua placidez, questiona-se como é possível as hormonas terem um efeito cerebral tão poderoso que leve a que alguma mulher diga que se sente bem no meio disto tudo. O que é facto, é que temos falado com imensas mulheres que já passaram ou estão a passar pela gravidez e como a minha não é das que se calam, dou por mim constantemente a falar deste assunto com outras pessoas, conhecidas e desconhecidas. E o que é facto é que mesmo as que dizem que foi maravilhoso, dizem sempre algo do género "ah, mas inchei imenso no último mês", "ah, mas andava com a cabeça completamente atrapalhada", "ah, mas nos últimos meses quase não conseguia andar da pressão que ele/ela me fazia no corpo", etc., etc., etc.. E como pode isso integrar uma descrição do melhor momento da vida de alguém? Não deveria o melhor momento ser quando o bebé já está cá fora, afinal não seria isso que se pretendia com a gravidez?

 

A minha primeira mulher também é das que diz que foi a melhor fase da sua vida, apesar de todos os problemas que eu lhe trazia, mesmo durante a gravidez. Ela tinha de se preocupar mais com os meus próprios problemas, quer relacionados com a bipolaridade em si, quer do alcoolismo que desenvolvi como forma de fugir ao problema da bipolaridade. Nunca fui de bater em mulheres, nem sóbrio nem alcoolizado (a não ser que tenha de me defender por me agredirem - nunca me aconteceu, mas acontece a homens mais vezes do que possamos pensar). Não gosto de bater em pessoas, sejam elas homens ou mulheres, mas uma vez que as mulheres, por norma, têm menos testosterona e, por isso, menos massa muscular (tendência biológica mais que comprovada científicamente), creio que se torna mais cobarde esta segunda abordagem.  Mas não é preciso bater para infernizar a vida de uma pessoa. Quando me sentia deprimir intensamente, tinha a tendência a fugir, desaparecer. Na verdade, não conseguia falar com ninguém e a maioria das vezes ia simplesmente para o bar, beber. Entretanto, ela em casa a precisar da minha ajuda nas tarefas domésticas e aos mais diversos níveis, e eu sem lá estar. Chegava a casa tarde e a más horas, era capaz de lhe dizer as coisas mais belas do mundo e cair em cima da cama a dormir, roncando que nem um porco. No dia seguinte, voltava a estar indisponível, devido às dores de cabeça da ressaca, entre outros aspectos. O álcool nunca suscitou muito a minha irritabilidade, no que tenho sorte, pois sei que é esse o efeito que tem na maioria das pessoas. A verdade é que, se sendo assim tive muita dificuldade em perdoar-me, isso teria certamente sido bastante mais difícil se alguma vez tivesse batido na minha ex-mulher, a quem não posso apontar uma única falha durante toda a nossa relação (ralação). Ainda hoje estou para perceber como aguentou. E, no entanto, diz-me que qualquer uma das duas gravidezes foram dos melhores momentos da sua vida. Só posso concordar com a minha actual companheira, em como algo de estranho anda ali. Que a biologia lava mais a mente a umas que a outras e que perdem as que ficam mais lúcidas e se apercebem mais de tudo o que se está a passar. A gravidez é mais um aspecto que me leva a admirar as mulheres e a força de que necessitam para enfrentar tanto mal estar por um filho. A minha mulher actual teria até mais motivos para se congratular com a gravidez, pois não vomitou tão violentamente como a minha primeira mulher, não engordou tanto como ela, enfim. É certo que, pelo facto de se tratar de uma gravidez geriátrica, trouxe problemas mais graves, como a diabetes gestacional e a necessidade da realização de uma âmniosintese, aspectos que colocam maior pressão sobre uma gravidez por estarem mais proximas de levar a problemas mais sérios e complicações com a saúde do bebé. Mas parece-me que em termos de mal-estar generalizado, ela terá sofrido menos, mas tido mais a percepção desse mesmo sofrimento do que a minha primeira mulher e creio que isso se deve a motivos hormonais.

 

Já constatei que a blogosfera está mais povoada pelo sexo feminino do que pelo sexo masculino. Sei que os homens não costumam ter a facilidade nem o gosto em expressar-se por escrito que eu tenho, muito menos a necessidade de exorcizar fantasmas em público, como actualmente me acontece, ainda que de forma mais ou menos anónima (será que sou gay? ou bissexual? humm, não me parece, sou grande apreciador e admirador das qualidades femininas e acredito que os homens não lhes chegam aos pés). Mas fora de divagações: andando por aí tanta senhora, o que me diriam quanto a esta questão? A gravidez é um momento bom ou nem por isso? 

 

Não consegui colocar aqui o vídeo em que alguém famoso, chamado Jessica Athayde (não sabia quem era, a minha mulher é que me reencaminhou este vídeo), fala precisamente desta questão. E como gosto das parvoíces do Nuno Markl e ele está no vídeo até a dizer umas coisas que fazem sentido, resolvi deixar o link aqui.

 

10
Dez18

Casados à primeira vista - sim, porque eu também sou psicólogo!

Bipolar

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Não consigo resistir a comentar este programa. Nunca fui fã de reality shows e sempre tive até um certo preconceito a respeito, não me permitindo desperdiçar tempo com coisas que eu achava fúteis (fossem ou não; não sei, não podia saber, porque não via). Mas não sou uma pessoa preconceituosa e acho que sei manter a minha mente aberta e espírito crítico. Confesso que o conceito me chocou: mas então estes primeiro casam e depois é que se conhecem? Confesso a minha estupefacção. Mas lá comecei a ver. Sempre me chocou a ideia de forçarmos relacionamentos. Jantares planeados, sites de encontros, tudo isso me pareciam últimos e desesperados recursos. Mas compreendo que, depois de muito se tentar e não se conseguir encontrar alguém que nos aqueça os pés nos dias frios, se enverede por esse tipo de caminho menos "natural". 

 

Comecei a perceber que não se trata de uma futilidade absoluta. Certamente visa ter grandes audiências, mas trata-se de um programa onde eu consigo ver utilidade para essas mesmas audiências. Num tempo onde já ninguém tem tempo nem paciência para lutar por uma relação, aqui a pressão é colocada, entre outros factores, pela visibilidade que tudo ganha naquele contexto. Já que o amor não é ingrediente suficiente para fazer uma relação singrar, será que o acompanhamento psicológico constante, nem que seja apenas durante algum tempo, assim como a pressão da visibilidade do que se faz, conseguem o que o amor não consegue?

 

Confesso-me curioso para saber do desfecho de alguns casais que ali se encontram. Confesso que gostaria de chegar a conclusões relativamente à questão que acabei de colocar. Será que é uma fórmula de sucesso para os concorrentes, ou será apenas um gerador de audiências fugaz? A imprensa bem tenta os seus sensacionalismos, bem tenta ganhar dinheiro à custa do que se passa, mas pelos vistos, os concorrentes assinam uma cláusula em como terão de pagar uma multa enorme no caso de deixarem sair alguma coisa cá para fora. E acho muito bem, ou os comportamentos seriam alterados e a experiência comprometida. 

 

Não tenho tempo para acompanhar o programa na totalidade. Muita coisa me falha; jamais deixaria que um qualquer programa de TV me levasse a inverter prioridades (se nem os jogos de futebol o fazem). No entanto, confesso que o casal que mais frenicoques me tem feito é o Hugo e a Ana. Um dia destes, os psicólogos mencionaram a postura machista do Hugo, que se fez sentir logo de início e logo de início afastou a Ana. 

 

Correndo o risco de parecer eu mesmo machista e não querendo de todo sê-lo, permitam-me que questione esta premissa. O que é verdadeiro machismo? Um homem polido e elegante que acha que a mulher é que tem obrigação de tratar das coisas da casa (sim senhor, o Sr. José Luís demonstrou verdadeira nobreza ao evoluir para fora desta questão), ou um indivíduo que faz abertamente comentários um bocado brejeiros acerca de mamas e coisas afins, mas depois, na prática, faz tudo para agradar à pessoa que tem à frente?  Conheço alguns homens assim. E realmente esta postura afasta as mulheres, já tenho avisado, mas não parecem ligar muito e preferir manter a sua faceta brejeira (vá-se lá saber exactamente porquê; o Hugo é o exemplo vivo de que só traz problemas a um gajo, sobretudo se quiser parecer interessante aos olhos de uma gaja). Não me parece isto ser verdadeiro machismo, lamento. É certo que as palavras importam, mas acredito que importem mais os actos. É normal que este tipo de forma de estar faça com que uma mulher se sinta objectificada, mas creio que isso só sucede porque a pessoa em causa não consegue ver para lá do aparente. Lá está; se existisse amor, isso sucederia com mais facilidade. Só o amor verdadeiro tem o condão de tornar as pessoas transparentes.

10
Dez18

Mais do que quer e menos do que não quer

Bipolar

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Utilizar a programação neurolinguística para modificar as nossas vidas, significa antes de tudo o resto, usar a linguagem para condicionar a mente (ou melhor, libertar a mente). Tenho alguma facilidade em, focando o que quero, ir conseguindo isso mesmo aos poucos. Consegui habituar a minha mente a isso, a funcionar dessa forma. Dizendo assim, parece que sou um privilegiado e que devo ter a vida muito facilitada. Afinal, consigo tudo o que quero! Não é bem assim. Além de nem sempre ser fácil ter a força anímica para olhar a vida de frente e dizer quem é que manda, por vezes o grande problema não é conseguir-se o que se quer ou não; o problema é dominar os acontecimentos negativos que insistem em surgir, ou seja, dominar o que não se quer. Há, então, que saber distinguir entre aquilo que não tem importância e simplesmente descartar e não dar atenção, e aquilo que apesar de negativo e que, talvez, nós preferissemos conseguir ignorar até que se fosse embora, não só não vai embora, como começa a tomar proporções preocupantes. 

 

Creio tratar-se mesmo de uma questão de energia. A Teoria da Relatividade de Einstein pode ter algumas falhas, mas desde que foi formulada, creio não existirem dúvidas em como a realidade que nos rodeia se trata de diferentes formas de manifestação de energia. Os objectos são, na verdade, constituídos por partículas que não passam, elas mesmas, de energia. A realidade material, os acontecimentos, até mesmo a nossa consciência, tudo é feito de energia que se manifesta das mais diversas formas. A mente humana, sendo ela também energia, consegue manipular o mundo material; afinal, estão em conexão. A questão aqui pode ser o como, e aí é que pode residir alguma da dificuldade, uma vez que todas as mentes humanas são diferentes e cada uma terá, certamente, a sua forma que, ainda por cima, se pode alterar consoante o momento da vida da pessoa.

 

"Atrair" coisas positivas (ou que julgamos positivas) para a nossa vida, é um facto relatado por muitas pessoas, que conseguiram encontrar as ferramentas certas para funcionar com a sua mente.  Todos conseguimos, a questão é que nem sempre encontramos facilmente as ferramentas adequadas para condicionar (libertar) a nossa mente. No entanto, afastar as coisas negativas parece ser menos mencionado e, pelo menos a mim, surge-me como, eventualmente mais difícil. Ao pensarmos em algo, estamos a atraí-lo - e isto é um facto! Ao pensar em algo, estamos a fornecer-lhe energia. Já não encaro como extraordinário o facto de pensar numa pessoa e ela ligar-me no dia seguinte, pois simplesmente está sempre a acontecer-me. Mas e se eu não quiser que a pessoa me ligue? Irá dar no mesmo, pois mesmo que eu me diga a mim mesmo que não quero, o facto é que a pessoa acabará por ligar. 

 

O ideal, neste tipo de situações, é encontrar o oposto e tentar atraí-lo. Por exemplo, se estou doente, não vou pensar "não quero estar doente, afasta-te doença". Vou pensar que quero saúde e isso pode tornar-se bastante viável. Mas nem sempre isso é possível, como na questão do telefonema que mencionei anteriormente. Como fazer, então, para afastar as situações que não desejamos, que percebemos serem formas destrutivas de aprendizagem? Por exemplo, as pessoas que não queremos, que nos fazem mal e das quais não conseguimos criar distância, ou por nos encontrarmos emocionalmente dependentes delas, ou por simplesmente a convivência com elas nos ser imposta? O que fazer nestas situações?

 

A resposta é complexa, mas tentarei ser sintético: por vezes, temos mesmo de mergulhar na situação negativa, não a ignorando nem evitando, pelo contrário. Temos de a tentar compreender, perceber qual parte de nós necessita dessa siuação e qual o motivo para isso. Nada vem para nós que não corresponda a uma necessidade de evolução nossa; a questão é que podemos conseguir exactamente a mesma evolução através de situações positivas e construtivas, talvez mais lentas, mas muitas vezes preferíveis às negativas e destrutivas. Que parte de nós precisa de evoluir através do sofrimento criado pela situação negativa? 

 

Ao sentirmos que nos falta algo, seja por falta de algo positivo, seja por excesso de algo negativo, estamos a enfrentar situações carentes de energia - e precisam que esta lhes seja fornecida através da nossa mente e da nossa atenção. Escrever frases acerca de uma situação positiva que gostaríamos de viver, ou frases que contrariem uma situação negativa que não gostaríamos de viver, são formas de fornecer energia onde ela está em falta e de procurar um novo equilíbrio.

 

O livro que mencionei em posts anteriores ("A Lei da Atracção"), propõe-se a fornecer-nos ferramentas para conseguirmos mais do que queremos e menos do que não queremos. Ignorar a situação negativa, quanto a mim, deve ser sempre por onde devemos começar. Se a situação for embora por si, porque não a estamos a alimentar, então essa é a situação ideal. No entanto, se ela estiver implantada no nosso "espírito", se houver uma necessidade nossa de conseguir evolução através dessa situação, ela não desaparecerá, exigindo cada vez mais energia e atenção da nossa parte - é preciso dar-lha. Falarei dos instrumentos e ferramentas propostos por este livro nos próximos posts.

09
Dez18

A Lei da Atracção - Michael J. Loisier

Bipolar

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Este autor menciona que o seu livro é uma forma de clocar em prática um outro livro: o conhecido "Segredo", de Rhonda Byrne. Mas creio ser bastante mais que isso. Li muitos livros de auto-ajuda, mas nunca "O Segredo". Não consegui lê-lo sem que me passasse a sensação de venda da banha da cobra, embora eu saiba, racionalmente, que esse meu ponto de vista se trata de um mero preconceito. Tudo o que puder ajudar ao nosso bem-estar, é bem-vindo. Se a leitura de "O Segredo" nos ajudar a conseguir controlo sobre a nossa vida, isso é simplesmente excelente. Do contacto que tive com o livro que mencionei, achei que estava muito focado em bens materiais e sucesso, sem se preocupar em ajudar o leitor a buscar por valores mais verdadeiros, sem os quais me parece que qualquer definição de felicidade acaba por falhar. No entanto, sei por experiência própria que este tipo de estratégias, quando utilizadas mesmo que com objectivos fúteis, acabam sempre por nos levar a lugares mais profundos de nós mesmos. Com o tempo acabamos a perceber que se tratam de ferramentas importantes que podemos usar naquilo que realmente interessa. 

 

Quanto a mim, o que de mais importante se consege retirar do livro "O Segredo", é mesmo o segredo em si, que, na verdade, há muito não é segredo nenhum para os psicólogos: trata-se do sentimento de gratidão. Um sentimento positivo elevado, que pode operar verdadeiros milagres quer ao nível da nossa saúde mental, quer ao nível da nossa saúde física. Ainda antes de a Sra. Rhonda ter escrito o seu livro, já os psicólogos mandavam os seus pacientes fazerem uma lista diária de tudo aquilo pelo qual se poderiam sentir gratos em cada dia. É, de facto, um sentimento poderoso, que nos ajuda a manter um estado mental positivo. 

 

Entretanto, Michael J. Loisier, sugere-nos ferramentas muito efectivas e simples para utilizar o conceito que subjaz ao livro "O Segredo", mas de forma que me parece muito mais abrangente e, eu diria até, sensata. No fundo, tudo isto são questões neurolinguísticas, em que se usa a linguagem para condicionar a mente e alterar o seu funcionamento. Nos próximos posts procurarei dar-vos conta do essencial do que é mencionado neste livro de Michael J.Loisier.

09
Dez18

Como tudo começou - livros de auto-ajuda

Bipolar

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Quem os critica, nunca terá sentido na pele a forma como podem ajudar. Claro que os há melhores uns que os outros, mas acerca disso só cada leitor é que pode dizer de sua justiça, pois nunca sabemos se não é a visão mais aparentemente estapafúrdia da realidade que nos vai trazer a salvação. Em tempos, estes livros tiveram em mim um impacto muito profundo e alteraram de forma significativa a minha visão da realidade. Mas é curioso como tudo tem o seu tempo certo; tantas vezes passei pelas prateleiras da auto-ajuda nas livrarias e nada daquilo parecia poder ajudar-me. Até que um dia, o desespero foi tal, que essa percepção modificou-se. Foram quer autores "new age", quer psicólogos e afins, os mentores da minha transformação. A vertente mais ou menos científica sempre foi muito importante para mim. Em muitos casos, basta-me que o que estejam a dizer faça sentido para mim, mas sempre que possível gosto que haja pelo menos uma tentativa de estabelecer algum paralelismo com o que diz a ciência, ainda que isto possa soar presunçoso, afinal de contas seria necessário dominar muito bem certos campos da ciência para que tal se pudesse realizar com propriedade efectiva. A minha formação científica, que não é a minha formação de base, contudo, tem sido suficiente para que eu mesmo consiga realizar alguns paralelismos, mas é muito interessante quando surge alguém com a devida formação científica que vem confirmar ou infirmar as minhas teorias. 

08
Dez18

As coisas que a minha doença me ensinou

Bipolar

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Impossíveis de enumerar num único post, num único dia. Farto da medicação, e já com conhecimentos de psicologia, achei que um ramo emergente, a Programação Neurolingística, me poderia ajudar. Irritavam-me os títulos que prometiam altos desempenhos aqui ou ali, empresas prosperando, competitividade, competitividade. Ainda hoje é a isso que a PNL surge mais associada, o que me parece um desperdício. O organismo humano não foi feito para viver de emoções básicas, como a competição. O que o faz atingir a saúde e a longevidade, são os sentimentos elevados. Os chamados sentimentos positivos. Como a cooperação, contrária à competitividade. A bibliografia a esse respeito nunca mais acaba, é muito fácil comprovar o que digo, se bem que me parece tanto óbvio como intuitivo.

 

Aprender a falar comigo mesmo, controlar os meus pensamentos negativos até ao ponto a que isso se reflectisse nas emoções e as transformasse, foi um trabalho árduo que ainda dura. Tomar consciência de que as palavras que utilizamos quer quando falamos, quer quando pensamos, podem ter impacto directo na nossa saúde e bem-estar (veja-se, a este respeito, o que consta na wikipédia, acerca da PNL), foi um TPC difícil que me trouxe bons frutos. O facto de se tratar de algo inventado por americanos deixou-me algo reticente, mas com o tempo verifiquei que se trata de uma estratégia eficaz. Mas é como tocar um instrumento. Recorri a cadernos onde escrevo afirmações positivas que me fazem sentir bem ao escrevê-las. No entanto, isso não se revelou suficiente e compreendi que o meu diálogo interno a cada momento pode fazer toda a diferença (como introvertido que sou, o meu diálogo interno é constante e intenso). Tive de aprender a interceptar, a cada instante, os pensamentos negativos e de tentar encontrar palavras, argumentos, pensamentos positivos que contrariassem a negatividade que estava a sentir. É muito difícil. Uma pessoa está a tentar prestar atenção ao mundo exterior, ao que está a fazer no momento, ao que vai fazer a seguir... Ainda mais prestar atenção ao que se está a pensar e, pior ainda, procurar exercer juízo crítico acerca do que se está a pensar e controlar esses mesmos pensamentos? Efectivamente, é como um instrumento: requer horas de prática e treino. Mas consegue-se. Com o tempo evolui-se e todo esse trabalho acaba a reflectir-se no nosso bem-estar interior e isso, por sua vez, reflecte-se no exterior. Passei de um bipolar grave a um bipolar suave que nem sempre precisa de medicação, graças a esta estratégia.

 

Agora há cursos a ensinar coisas complexas relacionadas com a PNL. São absolutamente válidos e muito interessantes; eu mesmo frequentei vários. Mas a bem da verdade, basta ler uns quantos livros da Louise Hay ou de outros nomes da velha guarda da auto-ajuda, para ver lá explicado, de forma muito simples, como tudo funciona. Eu posso tentar explicar aqui, mas não sei se conseguirei ser tão objectivo quanto a Louise em vários livros. 

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